quinta-feira, 17 de setembro de 2009

A busca

É incalculável o número de pessoas que cruzamos diariamente nas ruas, no trânsito, no metrô. Estamos constantemente em contato com pessoas distintas, cada uma com seu infinito particular, suas verdades absolutas e pensamentos. E dentre essas milhares de pessoas que passam por nós, como é possível escolher uma para chamar de sua? Como é feita essa escolha?
A sensação de saber que nesta multidão existe alguém que pensa em você é muito boa. É saber que aquela incansável “busca” enfim acabou. É trocar as bebedeiras na Rua Augusta por uma sessão de cinema no Espaço Unibanco ou preferir andar de bicicleta ao lado do bonitão (ou bonitona) no Ibirapuera ao invés de ir ao pagode na Vila Madalena. Mas se há tantas pessoas na cidade de São Paulo, e em outras metrópoles, como ainda existem pessoas que se sentem sozinhas?
Todo mundo possui, dentro de si, um vazio a preencher, independentemente de gosto, atração e paixão. E cada um procura um meio de substituir esse vazio. Há quem use a vida na metrópole ao seu favor, para conhecer a cada dia alguém diferente para chamar de seu. Quem pode julgar? É a forma de não se sentir sozinho nessa megalópole. É a beleza cinzenta da cidade como cenário de diversas histórias de amor, na busca diária e incessante de ser feliz.
Estamos cercados de pessoas diferentes que talvez estejam nessa mesma busca, querendo preencher algum espaço na vida de alguém.

4 comentários:

gipicles disse...

vamos preencher as lacunas!

Raphael Altendorf disse...

Mas para buscar, primeiro precisa saber o que esta procurando!

Anônimo disse...

Você já notou como as pessoas possuem uma cara muito característica quando estão no metrô? Não tem um nome específico, mas poderíamos nomear de "cara de metrô" hehe. Ninguém olha pra ninguém, pra lugar nenhum, enfim... é difícil de explicar.

Marcelo Mayer disse...

sempre que procuro... acho... e depois de uma tragada, me perco e a perco.