quarta-feira, 23 de dezembro de 2009

Solteira (o) em São Paulo

Para alguns, é sinônimo de desespero. Para outros, de liberdade (?). Vou explicar. É incrível como algumas pessoas ficam inquietas após o término de um namoro. Entendo que para cada relacionamento exista uma particularidade que também influencia quando tudo acaba. Dependendo dos motivos e da situação, a parte que mais sofre não vai querer ficar em casa lamentando o que passou e chorando sobre as fotos, as cartas e as canções que fazem lembrar o amor que se foi.

E ai está o problema. Aonde ir? Existem milhares de publicações que dizem “Os melhores lugares em São Paulo para encontrar pessoas solteiras e interessantes”. E quem disse que nós, solteiros, ou recém-solteiros, sabemos aonde ir? Aonde encontraremos alguém interessante? Nós só queremos esquecer o que passou e lembrar-se de quanto podemos ser felizes, sozinhos. E isso pode acontecer em qualquer bar da Vila Madalena, no meio do Itaim Bibi ou no bar do Zé no Tatuapé.

Quer saber quando a situação fica mais complexa? Quando você começa a achar que está no lugar errado. Segundo algumas revistas, se um intelectual quer arrumar alguém interessante, ele deve ir a uma livraria. Se você gosta de pessoas com um corpo bonito, matricule-se na Bio Ritmo da Avenida Santo Amaro. Quer um homem na casa dos 30, barbudo e que goste de rock? Vá ao Stones Music Bar ou ao O’Malley’s. E se eu quiser um intelectual, forte, que tenha barba e goste de “have you ever seen the rain”? Aonde eu devo ir?

Ser um solteiro em São Paulo é realmente uma aventura. É ver alguém atravessando um bar inteiro só para vir te conhecer e achar a atitude, no mínino, bacana. É encontrar alguém do trabalho, em um lugar inusitado, e perceber que essa pessoa é mais interessante do que você imaginava. É se dar conta de que não só os casais vão ao cinema às quartas-feiras. Os solteiros também vão. E sozinhos. E só eles sabem o quanto isso é uma delícia! Quando se é solteiro, não é regra sair de balada com amigos e amigas, transar com quem bem entender e sempre estar aberta e disponível a conhecer alguém. Vale ficar sozinho e curtir a vida do jeito que melhor lhe parecer!

Ser solteiro é muito diferente de estar solteiro. A solteirice é muito mais do que um estado físico, é um estado de espírito. É necessario que se esteja livre, leve, feliz, independente e seguro de sua situação.

A verdade é que, nós aqui, não faremos uma lista de lugares onde ir, caso queira encontrar um partidão. Não indicaremos lugares, como fazem algumas revistas ou sites:
‘’Para encontrar um intelectual:

- Livraria Cultura no Cinjunto Nacional
- Centro Cultural Vergueiro
- MASP, MAM, OCA etc etc etc’’

Para encontrar alguém legal, o (a) solteiro (a) deve estar bem com ele mesmo, estar seguro, estar feliz. Dessa maneira, no Ibirapuera, suando e correndo, ou no teatro, cinema, o bem estar vai transparecer e, com certeza, a tal pessoa interessante daquele artigo da revista vai te encontrar... E quem sabe o título de Sr. Sra. Solteiro(a) vai dar lugar a algum outro título... Ou não!