sexta-feira, 11 de setembro de 2009

Amores breves de metrô


O metrô é um típico cenário paulistano. Em São Paulo, todo trabalhador que se preze, passa boas horas dentro do metrô, ora ouvindo seu companheiro inseparável, o iPod, ora concentrado em sua palavra cruzada, ora vagando com o olhar. Quando menos esperamos, lá está ele. Lindo como sempre sonhamos. Displicentemente lindo. Não sabemos para onde olhar.
Um amor de metrô pode durar uma estação ou uma linha inteira. É necessário que se aproveite, afinal, não sabemos se ele está atrasado, ou se pega metrô só uma vez por semana.
Olho, ele olha, fico sem graça, torno a olhar, correspondeu. A gente fica meio sem graça quando o outro percebe que estamos olhando. É um misto de vergonha, falta de reação e insegurança.
Será que eu falo com ele?
Em qual estação ele descerá?
Naturalidade! Finja naturalidade!
Amores de mtrô são uma delícia! Dão um up da auto-estima e são discretos. Mais gostoso ainda quando olhamos através do reflexo do vidro da porta ou da janela. Para os mais ousados, pode até acontecer um aceno de ''tchau'' quando um dos dois sai do metrõ e olha para trás. E muito, mas muito mais gostoso ainda, é quando nos encontramos no dia seguinte, na mesma hora e estação. Me faz até pensar que ele estava esperando por mim.
Breves, intensos amores dos metrôs desta megalópole que é São Paulo.
A graça, a grande sacada é o mistério, é ficar pensando no ''que aconteceria se eu desse meu e-mail?'' Ah! Melhor não!
Cada dia um amor, de estações, linhas, baldeações. Ah, como eu adoro andar de metrô!

3 comentários:

Vitor Blessa Anselmo. disse...

Amores: Carnais, Visuais, Auditivos.

Todos eles juntos dentro de um metro aqudrado dentro do metrô

Anônimo disse...

Olá, meninas do Capuccino Paulistano!
Adorei esse post falando dos amores breves no metrô. Eu também pego o metrô todos os dias, há muito tempo. E posso dizer que já vivi muitos amores... Pude perceber que, entre uma estação e outra, alguns minutos se tornam uma eternidade... É incrível e contraditório ao mesmo tempo, mas é maravilhoso!
Um abraço!
Margarete Barbosa

Bruna disse...
Este comentário foi removido pelo autor.