O dia inteiro havia sido um caos. Nada mais havia de interessante para aquela sexta-feira. Mandei um e-mail para uma amiga, que me chamou para ir ao cinema. Escolhi ‘Quanto dura o amor?’. Nome sugestivo...
O filme conta histórias de amor distintas entre si. A garota do interior, aspirante à atriz, que se vislumbra com a cidade grande (‘As coisas mudam muito rápido por aqui’) e se envolve em um triângulo amoroso. A advogada que inicia um relacionamento com o colega de trabalho, porém há um segredo a ser revelado. O desenrolar de um possível relacionamento entre um escritor e uma prostituta.
O que há em comum entre as pessoas envolvidas nessa ciranda? A cidade grande, claro.
Somente esta cidade serviria de cenário principal para a problemática do amor. Porque este é composto principalmente por desilusões. Nada é o que parece ser. E no ritmo frenético da metrópole, menos ainda.
O amor pode durar um mês, uma noite ou dias. Dura até o momento em que nos frustramos com a verdade. Aquela que não queremos enxergar e ouvir. Dura até o último gole de vinho. Dura até o final da música. Pode durar até que as luzes sejam acesas.
O amor pode nos fazer perder a cabeça. Mas que raios este sentimento significa? Não há definições. Sabemos apenas que ele tem começo, meio, e, infelizmente, fim.
Sai do HSBC Belas Artes refazendo praticamente todo o trajeto da personagem principal do filme. Quem sabe assim eu também consiga respostas para algumas questões.
Personagens (no filme e na vida real) em busca de alguém para amar, dividem um endereço em São Paulo (‘Eu moro na Avenida Paulista! ’) e entre frustrações, tentam descobrir quanto dura o amor.